30 setembro 2008

Novo Blog

Isso aqui está cheio de teia de aranha!
Bom, a culpa não é totalmente minha! Muito se deve à preguiça, ociosidade, falta de pró-atividade, colaboração, etc, etc, etc...
Mas eu fiz um blog novo, com textos novos e usados e pretendo mantê-lo um pouco mais atualizado.

A quem interessar, segue abaixo o link:
O Carma

Como sempre, sem pretensões.
Até lá!

18 junho 2008

Luzes na curva

Ela chegou perto e disse que seguiria em frente.
Tentei convence-la a ficar, mas a sua ansiedade, curiosidade e desejo de partir era tanta que não me dava ouvidos.
Segurei sua mão, ela puxou.
Segurei seu ombro, ela se esquivou.
Segurei até mesmo seus cabelos, ela os cortou.

Até que a deixei ir.
Dei as costas e caminhei normalmente meu caminho úmido e cinzento.
Olhei para o mar, o sol se punha, fuxiquei meu bolso e já não tinha mais cigarros.
Depois de uma crise de tosse lembrei que tinha parado de fumar.

Pensava nela, somente nela.
Antes a liberdade imprevisível do que a prisão entediante.
Saber que a amo me traz forças em caminhar,
Mesmo presenciando a ambulância dobrando a esquina.

18 março 2008

Umas e Outras

Fodam-se o taco e as bolas.

Vou virar freira e puta.

Freira pros amigos, puta pro resto do mundo.

Por quê?

Porque é só assim que tanto uns quanto outros me querem.

E, tanto uma como outra pode jogar.

De várias formas.

Com ou sem fins lucrativos.

04 março 2008

PERDI A HORA

Perdi a hora
O bonde da vida passou
Passou mas eu fiquei
E me traí
Me contraí
Me retraí
Fiquei atônito, sem saber o que houve
Devia ter feito mais
Mas só fiquei
Desistí das horas e me enfiei no vácuo
No submundo mental que não tem cores
Para encontrar minha cara no espelho
Com vontade de chorar
De viver mais e mais
De me sintonizar com minhas próprias vibrações
Novamente
E é difícil repassar meus dias
Pois meus dias simplesmente não existiram
Foram apenas uma cópia infeliz
Um dia após o outro
Um dia idêntico ao outro
Mas não haverá mais vida
O tempo urge
E hoje, mais que ontem, o fim está próximo
Tão próximo que posso tocá-lo
Sentí-lo
Gargalhar na cara dele
Para chorar pelas costas depois
A vida é isso:
Matamos o tempo, o tempo nos enterra

Depoimento de um jovem que acabou de descobrir que tem um tumor malígno no crânio.

17 fevereiro 2008

INTELIGÊNCIA X FORÇA

“No Brasil, pesquisa da Fundação Perseu Abramo revela que a cada 15 segundos uma mulher é agredida. Estima-se que mais de 2 milhões de mulheres são espancadas a cada ano por maridos ou namorados, atuais e antigos.” Se todos tivessem a mesma educação de Fabinho nosso país seria muito melhor e nossas mulheres mais felizes e saudáveis. PENSE NISSO!!!

- Que isso, Fabinho?? Eu já não te disse que em mulher não se bate nem com uma rosa??

- Mas mãe... ela tá implicando comigo...

- E daí, menino?? Das duas uma, ou você implica com ela também ou sai de perto! Bater não vai resolver nada.

- Ai... mas essa menina é muito chata. Ela me tira do sério!!!

- Não interessa, filho. Você tem que entender que a violência é uma reação irracional de quem não tem inteligência para argumentar à altura.

- Então, se eu for esperto, eu não bato nela né?

- Exatamente!

- É verdade... quando eu chamo ela de gorda, ela chora mais do que quando eu chuto a bunda dela!!

- Pois é, Fabinho... com palavras você pode resolver todos os seus problemas sem ter que apelar pra violência.


O amor e o ódio são sentimentos que caminham juntos, de mãos dadas. Talvez algums pequem ao amar mais que odiar, mas "tudo vale a pena quando a alma não é pequena"... só é preciso saber a hora de parar. Boa Sorte!!

11 fevereiro 2008

Encruzilhadas I

Aviso: este texto possui um conteúdo sarcástico, absurdo e realista. A mistura dessas características pode ocasionar ao leitor sensações diversas e pensamentos frívolos. Não nos (me) responsabilizaremos (ei) por ações incovenientes após a leitura. E esta é só a primeira parte.

Esta era a noite! A noite de gala. Trajes prontos, os últimos retoques no espelho e pronto! Não visto um smoking pois não me faz juz esse tipo de vestuário. Simplesmente não combina. Trajes normais e simples; nada demais nem de menos.
- Eu acho que ela estará lá.
E, antes de sair, só para confirmar, telefonei:
- Oi Cris; você vai, não?
- Xi, Eden; vai ter que ficar para a próxima... apareceu um incoveniente aqui. Sinto muito.
- Não tem problema. Fica para a próxima...
É claro que tem problema! Eu só ia por causa dela. Agora também me desmotivei! Estou todo vestido e não vou a festa... quem manda eu ser burro e não ter ligado antes para confirmar?
Nesse instante, toca a campainha:
- Quem é?
- É o Anderson, Eden. Tenho que falar com você!
- A porta está aberta.
Falou o Anderson coisa de meia hora. Contou causos da sua vida amorosa. Papo de homem. Contou que sua namorada estava desconfiada que ele a estava traindo e ele estava quase endoidecendo.
- Você tem que falar com ela, Eden. Você tem que convencê-la do contrário.
- Mas que argumentos eu vou usar, Anderson, se você realmente a está traindo?
- Não sei, Eden. Inventa; dá teu jeito.
- Farei o possível. Quando ela estará em casa?
- Ela está agora. Eu acho que ela ia sair com a mãe dela na hora que a Karla (amante) ligou.
- Estou indo lá. Você vai comigo.
- Não, prefiro que você vá sozinho. Diga a ela que eu fui ao Largo da Carioca. Vou ver a Karla.
- Sem problemas.
Não acreditei nesse golpe de sorte. Tudo que eu queria me veio de mãos beijadas. Ainda bem que eu não me destrajei.
- Cristina? Sou eu, Eden.
- Eden?! O que você está fazendo aqui. Não entre! Não sei onde fora o Anderson.
- Foi ao Largo da Carioca. Não vem tão cedo.
- Melhor assim.
Conversamos por um largo tempo enquanto nos agarrávamos de vez em quando. Era uma paixão recente e ainda sem muitas liberdades. Com o passar do tempo na casa dela, os intervalos foram diminuindo e, sem me dar conta, estava com ela no quarto ouvindo The Beatles com luzes foscas acesas. Nesse instante, toca o telefone:
- Alô.
- Cristina, é o Anderson. Como você está?
- Eu estou bem, Anderson. Não quero falar muito com você agora, tá?
- Mas, Cris, eu queria tanto falar com você. Estou precisando muito de você nesse instante.
- Por que você não chama a outra?? - falou com um tom um pouco invocado.
- Por que não há outra, Cris. Será que você não entende? Não teria por que eu ter outra paixão. Você me oferece tudo que eu quero.
- Não sei se você pensa assim. Está apenas a repetir o que eu te falo.
- Mas é claro que penso assim, Cris. Vim ao Largo da Carioca agora para poder refletir um pouco e deduzi que eu te amo muito, meu amor. Não quero mais entrar em conflito com você.
- Não sei se posso acreditar nessas suas palavras.
- Acredite! Daqui a pouco o Eden deve estar por aí. Eu conversei com ele e expliquei minha situação. Espero que você se comova.
- Pois o Eden não veio aqui ainda. E acho que ele não virá. Vou sair com a minha mãe. Beijos.
E desligou o telefone me deixando sem entender muita coisa. Fez uma cara de arrependida e disse o que eu previa.
- Poxa, Eden. Acho que não vai ser dessa vez. Sinto muito.
E eu, cansado já de tantos "sinto muito"'s, retruquei com toda a calma do mundo:
- Pode deixar, Cris. Relaxa. Você quer que eu saia?
- Quero sim, Eden. Estou precisando pensar um pouco no que ando fazendo.
- Sem problemas. Me liga quando estiver melhor ou se precisar de algum ajuda.
E saí. Com a cabeça no chão mas saí. Me veio a cabeça ligar para o celular do Anderson e foi o que fiz.
- Anderson, o que você está fazendo? - falei eu um pouco alto pois notei o som ligado em altura demasiada.
- Estou na casa da Karla e um pouco ocupado. Nos falamos depois?
- Claro. Quando você quiser.
Nesse momento me veio a perspectiva "escrota" que a vida demonstra. De quem é o mundo? Dos mais espertos, dos mais inteligentes, dos mais vulgares ou dos mais falsos? Qualquer que fosse a resposta, eu saberia que era o contrário do meu caráter pois do mundo não possuo nada. Apenas minha vida e meu modo pessimista e egoísta de pensar. Quando terminei de pensar, notei meu telefone tocando:
- Pronto.
- Eden? É a Camile.
- Oi, meu amor. Tudo bem?
- Tudo sim, Eden. Onde você esteve toda a tarde? Tentei te ligar mas não consegui.
- Eu estive por aí...
- Alguém me disse que te viu entrando na casa da Cristina. É a terceira vez só essa semana, Eden. O que você anda fazendo tanto lá?
Depois de ouvir isso, desconfiei seriamente que o Anderson estava saindo com a minha namorada...

08 fevereiro 2008

Diálogo Interno

As últimas semanas foram meio sombrias. Me coloquei em algum ponto entre o "aquele lugar" e o "lugar nenhum". Foi tudo muito "nutritivo" para a mente. De fato, precisava de algo desse tipo. De qualquer jeito, dos diversos textos que saíram, fica aqui o que mais chamou minha própria atenção. Talvez por ter sido o único momento de hesitação interna.

- Mas por que será que acabou assim?
- Vai ver que era pra acabar. O que importa é que acabou e isso quer dizer que passou. Quem vive de passado é museu, meu caro.
- E se eu tivesse agido diferente?
- Se tivesse agido diferente, não seria você! Onde já se viu você sendo diferente daquilo?
- E agora? O que eu faço?
- Agora é com o destino. As coisas se acertarão, é só não haver preocupação da sua parte.
- Mas e se ela estiver certa?
- Se ela estivesse certa, não sofreria. Onde já se viu o sofredor estar certo?
- Mas...
- Meu caro, você realmente é uma criancinha. E tenho certeza que as pessoas "não-criancinhas" têm inveja disso.
- Eu ainda não estou completamente certo com tudo.
- Então quebra a cara novamente. A vida é isso: uma hora em cima, outra hora em baixo. De vez em quando, sinto uma pena de você.
- Por que isso agora?
- Não sei. Talvez por ter certeza que você sempre vai agir assim. Quando acerta, tem remorsos.
- Obviamente.
- É por isso que você sempre vai se dar mal nesses assuntos.

...

- Como você pode saber disso tudo?
- Pelo visto eu fui o único que aprendeu alguma coisa com as outras que vieram antes...

Pequeno diálogo entre o senso crítico e a vivência.

06 fevereiro 2008

Se fôssemos 100...

Se fosse possível reduzir a população mundial a uma vila de 100 pessoas, mantendo a proporção do povo existente agora no mundo, tal vila seria composta de:
57 Asiáticos / 21 Europeus / 14 Americanos / 8 Africanos;
58 seriam mulheres / 42, homens;
89 seriam heterossexuais /11 seriam homossexuais;
70 não brancos / 30 brancos;
6 possuiriam 59% da riqueza do mundo e todos os 6 seriam dos EUA;
80 viveriam em casas inabitáveis;
70 seriam analfabetos;
50 sofreriam de desnutrição;
1 estaria pra morrer / 1 estaria pra nascer;
1 teria computador;
1 (sim, apenas 1) teria formação universitária (por pior que fosse);

Se o mundo for considerado sob esta perspectiva, a necessidade de aceitação, compreenção e educação torna-se evidente. Cosidere ainda: se você acordou hoje mais saudável que doente, você tem mais sorte do que um milhão de pessoas que não verão a proxima semana.

Se nunca experimentou o perigo de uma batalha, a solidão de uma prisão, a agonia de uma tortura, a dor da fome, você tem mais sorte que 500 milhões de habitantes do mundo.

Se você pode sair de casa sem o medo de ser bombardeado, preso ou torturado, você tem mais sorte que 3 bilhões de pessoas no mundo.

Se você tem comida na geladeira, roupa no armário, um teto sobre a sua cabeça, um lugar pra dormir, considere-se mais rico que 75% dos habitantes desses mundo.


Se tiver dinheiro no banco, na carteira ou um trocado em alguma parte, considere-se entre 8% das pessoas com a melhor qualidade de vida do mundo.

Se puder ler esta mensagem, você recebeu uma dupla sorte, pois, além de ter aberto a cabeça, você não está entre os 4,2 bilhões de analfabetos.

Agora olhe ao redor e veja o mundo. PARE DE RECLAMAR!!!

Trabalhe como se não precisasse do dinheiro!

Ame como se nunca tivesse feito sofrer!

Dance como se ninguém estivesse olhando!

Cante como se ninguém estivesse ouvindo!

Viva como se aqui fosse o paraíso!

01 fevereiro 2008

É imprescindível que você vá à merda

É imprescindível que você vá à merda, meu caro

Tanto literal quanto figurativamente;

Que você vá à merda e nela chafurde

Como o porco chauvinista que você é

Porque, se dentro de mim a mágoa cresce

Ao ponto de querer vê-lo em tal situação

Esteja certo de sua participação ativa

Na causa deste processo de vômito literário

No qual não apenas requisito sua viagem à já mencionada substância putrefacta

Mas que leve a ela, como companhia

Toda e qualquer razão que o tenha levado a atingir

- e destroçar, devo acrescentar

Este meu inestimável e nobre coração

Pois nele, há tempos

Não se manifestam tais sentimentos

Tão insistentemente prejudiciais

Ao indivíduo condenado a, indefinidamente

levá-lo como um fardo pungente


Porém, meu caro

Tenha sempre em mente

Que àquele que desdenha do Amor alheio

Somente o Mal aguarda;

É com um pesar alegre que anuncio

Que dentro em breve o senhor se encontrará

Em situação semelhante ou pior

Do que a deste que vos fala:

pois a mim me é impossível conceber, dentre os dois,

o mais triste cenário:

o daquele que perde um amor por não sabê-lo caro

ou o daquele que crê em um amor apenas imaginário.



(L.F.)

Barbarismos

Coisas que o coração faz quando a mente está ébria

Têm toda a importância em minha vida;

O coração se aproveita do momento de torpor

E fala, e xinga, e humilha, e ama


Ama dizendo o tanto que ama

e faz de conta que não

Xinga pedindo perdão

colo, afago, abrigo e cama



Coisas que a mente faz quando o coração está ébrio

Têm muita importância em minha vida;

A mente toma o poder e derruba

tudo o que o coração, furtivo, construiu


Derruba mostrando que pode

E saca, e pilha, e zomba e estupra

E grita pra não ter que ouvir;

Ainda assim ao coração escuta



(É tão fácil perder confiança

tão ou mais que perder a esperança)



Entorpeço, então, de poesia

a um só tempo, os dois antagonistas

para que eu possa, enfim, dormir em paz

nos escombros dos meus eus em agonia